quarta-feira, 1 de junho de 2011

AVISO AOS VISITANTES DO BLOG

O Blog Sementes ao Vento ficará sem atualizações por alguns dias!

 Retornaremos assim que possível! 

 Agradecemos pela compreensão de todos!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A história das coisas

Este vídeo mostra os problemas sociais e ambientais criados como consequência do nosso hábito consumista, apresenta os problemas deste sistema e mostra como podemos revertê-lo, porque não foi sempre assim. É um vídeo longo, mas que vale muito a pena ser visto por TODOS!!!
Dublagem: Nina Garcia.

domingo, 29 de maio de 2011

Semana do Meio Ambiente - SEMAD

A Semana do Meio Ambiente - SEMAD (www.semad.mg.gov.br) ocorrerá de 06 a 10 de junho, em Belo Horizonte (MG).
No dia 06 será realizada a abertura da Semana com o “Seminário Desenvolvimento Sustentável e os Limites do Crescimento: Por que investir em meio ambiente”. O evento acontece na Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Nos dias 08 e 09 de junho serão duas edições da série Diálogos, promovida pelo Centro Mineiro de Referência em Resíduos, que terão como temas “Resíduos Vítreos” e “Sacolas Plástica”. Também no dia 8, será lançado, em parceria com a Revista Ecológico, o ciclo de Palestras “Meio Ambiente em Foco”, com a presença do presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), José Cláudio Junqueira, que proferirá palestra com o tema “O papel da sociedade na política nacional de resíduos”.

No dia 10 será realizado, no CMRR, seminário com professores das redes pública e privada como os temas “Educação Ambiental: principais conceitos e instrumentos” e “metodologias de educação ambiental no ensino formal”. A ação será realizada pela diretoria de Extensão e Educação Ambiental do Sisema.

No sábado, dia 11, em uma ação em parceria com a rede Pitágoras de Ensino, será proferida pelo secretário-adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Augusto Lio Horta, a palestra “O meio ambiente na Constituição e a sustentabilidade no século XXI.

Mais informações:

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Xangai - Matança (Jatobá)

Hoje em dia, a preservação ambiental "está na moda"... Mas esta música produzida a cerca de 3 décadas atrás já profetizava uma triste realidade! 

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Garrafa de água feita de papel!

Life é uma garrafa de água feita de papel reciclado criado para a Milano Expo 2015 foi apresentado na Comieco Expopack Design Competition in 2011.

Feito com papel reciclado, não utiliza nenhuma tinta com metais pesados ou adesivo difícil de ser reciclado. A costura dupla garante o isolamento do exterior e dá rigidez ao objeto. Um cordão verde, feito de algodão natural, permite carregar a garrafa no ombro e pode ser enrolado em volta do corpo de papel.
Ela foi projetada para fornecer um serviço essencial para a área de exposição e para a cidade de Milão: o livre acesso e uso da água pública. É um produto destinado a promover a redução de embalagens de plástico e de uma cultura sustentável do uso de água e dos recursos naturais.

Vários pontos de acesso dentro de Milão e da área da Expo irão fornecer a garrafa gratuitamente e os visitantes irão utilizá-la como uma garrafa de 1 dia ou encher várias vezes durante a turnê.
O design é de Andrea Ponti

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A cor do dinheiro

Talvez a opinião mais sensata que vi, até agora a cerca da discussão sobre o novo Código Florestal Brasileiro. LeiamEntrevista com o Engenheiro Florestal, Virgílio Viana, ex-professor da Esalq-USP e PhD em Biologia da Evolução pela Universidade Harvard.

O tempo fechou na tentativa de votação do novo Código Florestal brasileiro, quinta-feira, na Câmara dos Deputados. Pouco antes de o governo suspender a sessão em que ambientalistas e ruralistas se queimavam no plenário, o relator, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), reagiu a um post da ex-ministra Marina Silva no Twitter, que o acusava de fraudar o texto: "Quem fraudou foi o marido dela, que fez contrabando de madeira".

Esse ambiente no Congresso, no pior estilo "massacre da serra elétrica" - filme de terror em que ninguém sobrevive no final -, não interessa ao Brasil. É o alerta do engenheiro florestal Virgílio Viana, de 50 anos, ex-professor da Esalq-USP e PhD em Biologia da Evolução pela Universidade Harvard: "A discussão que estamos vendo ninguém vai ganhar. Os ruralistas vão perder e os ambientalistas também".

Para o militante verde, que já foi chamado de "ambientalista de resultados" por seu trabalho à frente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), nossos parlamentares deveriam trocar as machadadas em torno de itens como o tamanho das reservas legais obrigatórias, as medidas das matas ciliares ou a anistia aos produtores em situação irregular, pela discussão de um novo paradigma de desenvolvimento - que faça da conservação do "mato", historicamente indesejado no País, uma atividade rentável.

O que está em jogo nessa discussão?
O que está em jogo é um paradigma de desenvolvimento. É a oportunidade de se repensar uma história equivocada de desenvolvimento, à luz de uma visão contemporânea. O que mais ilustra esse equívoco é o conceito de "mato". Para o brasileiro, floresta e mato são a mesma coisa: algo sujo e indesejável. Se eu for a sua casa e disser que seu quintal estava cheio de mato, passo a ideia de que você é relapso. Se disser que há grama e flores plantadas, você é um ótimo dono de casa. Então, não é por acaso que o Incra reconhece a posse de terra de quem desmata ou o Banco do Brasil dá crédito a quem derruba a floresta e a substitui por lavoura, uma "coisa útil". É preciso revisar isso. Mas o que se vê no Congresso hoje é um debate sectário e emocional.

Por que sectário?
Há um falso dilema entre agricultura e ambientalismo. O produtor rural depende da água da sua nascente. Sem ela, não consegue irrigar a terra ou dar de beber ao gado. Se as florestas ao redor das nascentes são desmatadas, elas secam. Então, manter a mata é bom para ele. A agricultura americana teve enorme prejuízo nos últimos anos porque a polinização das laranjeiras, feita pelas abelhas, está em declínio. O setor de controle de pragas também sofre com a derrubada de matas: não por acaso, muitas plantações de eucalipto para produção de papel e celulose são circundadas por florestas protegidas pelos donos. Não porque estes sejam ambientalistas, mas porque sabem que é a melhor forma de se proteger.

Nossa legislação ambiental é mesmo boa?

terça-feira, 10 de maio de 2011

As 10 idéias sustentáveis mais curiosas

Atualmente, muito se fala a respeito de preservação ao meio ambiente, mas pouco se faz na prática. Confira aqui dez invenções inusitadas que respeitam a Mãe Natureza:

A impressora que não usa tinta nem papel!

1 – Hotel oferece refeições de graça para quem estiver disposto a gerar eletricidade:
O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca, oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade ? aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros, aproximadamente 60 reais.

2 – Bar capta energia produzida pela dança de seus freqüentadores:
Todas as luzes e os sons de uma balada gastam uma quantia considerável de eletricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.

3 – Bordel oferece desconto aos clientes que forem de bicicleta:
Uma casa de diversão adulta encontrou uma maneira de atrair mais frequentadores, espantando a crise econômica, e ainda ajudar a frear as mudanças climáticas globais. Quem chega de bicicleta, ganha desconto. Segundo Thomas Goetz, dono do bordel Maison Denvie, a recessão atingiu em cheio os negócios. Consumidores que foram ao bordel pedalando, ou que provarem ter utilizado um meio de transporte público, recebem 5 euros de desconto sobre os tabelados 70 euros (mais de 150 reais) para 45 minutos.

4 – Empresa cria impressora que não usa tinta nem papel:
Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova d'água, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.

5 – Universidade constrói telhado verde:
O Design Verde é uma tendência da arquitetura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

Apenas 8% dos municípios fazem a coleta seletiva de lixo


Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% são despejadas em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema que afeta a maioria das cidades – apenas 8% dos 5.565 dos municípios adotam programas de coleta seletiva.

Os dados são de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem e mantida por empresas privadas.

O Brasil tem hoje uma Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Considerada uma vitória do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis, o projeto tramitou por 20 anos no Congresso Nacional.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

BA: 3 mil vivem da extração ilegal de eucalipto


Madeiras extraídas viram carvão para abastecer indústrias do Sudeste Cerca de 3 mil pessoas de cidades do sul baiano viveriam atualmente da derrubada ilegal de eucaliptos, utilizados por três grandes indústrias, para a produção de celulose.

Uma reportagem da revista Veja desta semana revela que moradores, inclusive crianças, dos municípios de Mucuri, Nova Viçosa e Alcobaça produziriam carvão em 4 mil fornos ilegais que abasteceriam siderúrgicas de Minas Gerais e do Espírito Santo.

 Em uma área 20 vezes maior do que a de Salvador, as companhias Fibria, Veracel e Suzano produzem 22% da pasta da madeira nacional e, até o fim da década passada, teriam sofrido duas dezenas de ataques de integrantes do Movimento dos Sem Terras (MST), acusados de destruir propriedades e devastar lavouras. 

Segundo a reportagem, há dez dias policiais conseguiram apreender 40 caminhões carregados de troncos roubados da Fibria e da Suzano, mas ninguém foi preso, e as tentativas das autoridades de impedir a devastação não surtiriam efeitos. 

Confiantes na impunidade, carvoeiros, aliciadores de mão-de-obra e chefes da chamada "máfia do carvão" agiriam em plena luz do dia, com a justificativa de haver "problema social" no estado. "Tem muito eucalipto aqui e eu não tenho outra coisa para fazer. Roubo mesmo", disse Robson dos Santos Lima. 

Todas as apreensões da polícia sofreriam retaliações dos supostos criminosos. No último caso, um ônibus que transportava 25 funcionários da Fibra teria sido incendiado. Dezenove mil hectares de floresta já teriam sido queimados, o que contribuiu para concentrar uma quantidade de monóxido de carbono, equivalente a quatro meses de emissão da frota baiana de veículos. Já as empresas, que empregam 15 mil trabalhadores, ficariam impedidas de explorar a madeira de maneira sustentável na fabricação da celulose.

Degradação ambiental desertificará 1/3 de Minas Gerais em 20 anos


Esta mensagem me foi enviado por um amigo, então resolvi postar aqui a reportagem sobre o assunto: "Meu amigo Jacques, beleza? Vi essa matéria na Folha hoje e lembrei de vc:"

Norte de MG pode virar deserto em 20 anos. Desmatamento, agropecuária e mudanças climáticas deixarão um terço do Estado com suas terras improdutivas. Segundo o governo de MG, é preciso R$ 1,3 bi para frear o processo; governo federal investe R$ 6 mi em todo o país.


Um terço do território de Minas Gerais pode virar "deserto" em 20 anos. A conclusão é de um estudo encomendado pelo Ministério do Meio Ambiente ao governo mineiro e concluído em março.

O desmatamento, a monocultura e a pecuária intensiva, somados a condições climáticas adversas, empobreceram o solo de 142 municípios do Estado.

Se nada for feito para reverter o processo, de acordo com o estudo, essas terras não terão mais uso econômico ou social, o que vai afetar 20% da população mineira.
Isso obrigaria 2,2 milhões de pessoas a deixar a região norte do Estado e os vales do Mucuri e do Jequitinhonha.
"A terra perde os nutrientes e fica estéril, não serve para a agricultura nem consegue sustentar a vegetação nativa", afirma Rubio de Andrade, presidente do Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas, responsável pelo estudo.
A região engloba cerrado, caatinga e mata atlântica.
Segundo o governo do Estado, é preciso investir R$ 1,3 bilhão nas próximas décadas para frear o processo, que já causa danos no semiárido mineiro. Lá estão 88 das 142 cidades consideradas suscetíveis à desertificação.

domingo, 8 de maio de 2011

Para sempre

Homenagem ao Dia das Mães:
Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Terapeutas apoiarão vítimas de desastres naturais


Por conta dos desastres naturais, que ocorrem cada vez com mais freqüência e resultam em vítimas que perdem entes, bens e qualidade de vida, a ONG Terapeutas Sem Fronteiras, de São Paulo, deu início a um projeto pioneiro: oferecer assistência voluntária no campo emocional, que promova bem-estar a pessoas desabrigadas e desalojadas.



A ONG – Organização Não-Governamental Associação Terapeutas Sem Fronteiras*, de São Paulo, lançou projeto para atendimento emocional a vítimas de desastres naturais, que estejam em abrigos temporários. Inicialmente, o trabalho deverá ser dirigido a famílias da capital até que a iniciativa consiga mais parceiros, para ampliar sua área de atuação, segundo o filósofo e jornalista nigeriano Rex Thomas, responsável pela entidade. Para poder implementar o trabalho, a ONG busca apoio para a aquisição de tendas, que servirão de consultórios, e de apoio logístico e para as refeições dos voluntários. 

“Todos os profissionais – que atuarão gratuitamente – receberam treinamento especial para prestar socorro emocional a essas pessoas, que tem como base, a técnica Transpersonal Counselling, utilizada principalmente na América do Norte e na Europa”, diz. A metodologia permite a utilização de diferentes recursos, como psicoterapia, psicologia e outras com os aspectos metafísicos e espiritualistas. Até agora, foram capacitadas 12 pessoas. Segundo Thomas, a iniciativa se deve principalmente ao fato de no Brasil, menos de 20% da população ter acesso a qualquer tipo de apoio emocional ou terapêutico, porque são pagos. 

Minas sem Lixões já beneficia cerca de oito milhões de pessoas


Estão em operação no Estado 68 aterros sanitários
Cerca de oito milhões de habitantes em Minas Gerais são beneficiados com aterros sanitários e usinas de triagem e compostagem de lixo devidamente regularizadas.
O Programa Minas sem Lixões, lançado pelo Governo de Minas e coordenado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), representa uma das ações do Projeto Estruturador Resíduos Sólidos. Nos últimos três anos, as ações implementadas pelo governo têm alcançado uma média de redução de 85 lixões por ano.
A população urbana com acesso a sistemas de disposição final de resíduos sólidos saltou de 19,8%, em 2003, para 52,63% em 2010.
Os dados fazem parte de levantamento realizado pela Feam por meio da Gerência de Resíduos Sólidos Urbanos. De acordo com o estudo, estima-se que em 2001 o número de lixões no Estado era de 823. Isso significava que 96% dos municípios não dispunham adequadamente seus resíduos sólidos, ou seja, esses municípios não dispunham de regularização ambiental para disposição adequada. Em 2010, o percentual de municípios que dispõem seus resíduos sólidos urbanos em lixões baixou para 37%.
“Esses avanços representam um ganho ambiental muito grande para o Estado. Acreditamos também que esses municípios que tiveram seu problema de disposição de resíduos sólidos urbanos resolvido, melhoraram significativamente o índice de qualidade da saúde de sua população”, ressalta o gerente de Resíduos Sólidos Urbanos da Feam, Francisco Pinto da Fonseca.
O gerente destaca também municípios mineiros que possuem as duas formas de disposição adequadas de resíduos simultaneamente: o Aterro Sanitário e a Usina de Triagem e compostagem. “Esse quadro seria o ideal. Esses municípios dispõem no aterro somente o rejeito, aquilo que não pode mais voltar para a cadeia produtiva”, diz.
Minas Gerais tem atualmente 312 lixões, 291 aterros controlados, 68 municípios atendidos com aterros sanitários e 127 usinas de triagem e compostagem. Em 2009 eram 385 lixões, 227 aterros controlados, 57 municípios atendidos com aterros sanitários e 109 usinas de triagem e compostagem. “A erradicação de lixões é avaliada ano a ano e nos últimos três anos temos tido uma média de redução de 85 lixões por ano. Esses dados significam também que 63,4% dos municípios mineiros não dispõem mais em vazadouros”, frisa Fonseca.
O Programa Minas sem Lixões tem como objetivo promover e fomentar a não geração, o reaproveitamento, a reciclagem e a disposição adequada de resíduos sólidos em Minas Gerais. Para isso, a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) atua principalmente com a publicação de Deliberações Normativas, fiscalizações e orientação para o licenciamento, formalização de apoio técnico realizado por meio de parceria com a Fundação Israel Pinheiro (FIP) e convênio com as Universidades Federais de Lavras (UFLA), de Viçosa (UFV) e na busca de recursos junto aos órgãos financiadores.
Para a erradicação dos lixões em Minas Gerais a Gerência de Resíduos Sólidos já publicou manuais de orientação e realiza periodicamente seminários e atendimentos a prefeitos e equipes técnicas municipais. “É importante frisar que no Estado de Minas Gerais os municípios acima de 20 mil habitantes devem obrigatoriamente estar regularizados perante o órgão ambiental”, reforça Fonseca.

Fonte: Agência Minas

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Votação do Código Florestal foi adiada

O governo passou o dia tentando forçar Aldo Rebelo a engolir o acordo dos ministros sobre o Código Florestal. Não consegui. Aldo se recusa a retirar do seu relatório a isenção de RL para pequenos imóveis e a preservação de áreas agrícolas em APP, o chamado uso consolidado.
Sem controle sobre a base governista, que em sua maioria quer votar e aprovar o relatório Rebelo, o governo conseguiu adiar a votação para a próxima semana. A decisão pelo adiamento foi tomada em reunião agora a pouco entre os líderes da base aliada e os ministros Izabella Teixeira (Meio Ambiente), a besta do Wagner Rossi (Agricultura) e Luiz Sérgio (Relações Institucionais).
Percebem a consequência da idiotia de Warger Rossi? Depois que essa besta concordou com a exigência absurda do Ministério do Meio Ambiente de exigir que pequenos imóveis destruam áreas agrícolas para plantar RL, o governo não abre mão desse ponto no relatório de Aldo.
Rebelo vem sofrendo uma pressão violentíssima do governo para fazer o que fez a besta do Wagner Rossi, concordar com o fim da pequena agricultura. Por outro lado, a vitória impressionante na votação de ontem deu força a Aldo. Hoje alguns deputados do PT ligados à pequena produção rural chegaram a chorar no plenário pedindo a aprovação do relatório. O governo sabe que não poderá adiar a votação para sempre e que não dá para controlar a base aliada.
Tudo o que Aldo precisa fazer agora é não abrir mão de suas convicções e esperar. Seria bom se os produtores rurais o ajudassem. Uma ou outra manifestação pacífica não faria mal. Sugiro fechar uma rodovia em algum lugar ou queimar em praça pública algumas toneladas de soja ou grãos. Três ou quatro produtores fazendo greve de fome em frente ao prédio da Câmara seria o ideal. Quem se habilita??

O fim do lixão

Além de reduzir o risco de contaminação do solo e da atmosfera, o novo aterro sanitário ainda vai gerar energia.

Toneladas de lixo despejadas à margem da Baía de Guanabara e entregues à natureza — num jogo em que ela, a natureza, sai sempre perdendo. Em funcionamento há quase 35 anos, o Aterro de Gramacho, na Baixada Fluminense, é o retrato do desleixo ambiental, com rios de chorume vazando para o lençol freático, gases nocivos contaminando a atmosfera e urubus em profusão pondo em risco os voos do Aeroporto do Galeão. 
Para completar o quadro, bem estampado nos documentários Estamira e Lixo Extraordinário, milhares de catadores atuam no local, formando um degradante formigueiro humano. Condenado há muito tempo pelos especialistas, o lixão, como é conhecido, está com os dias contados e deve encerrar suas atividades no próximo ano. Ele será paulatinamente substituído por um sistema moderno, inaugurado há duas semanas em Seropédica, na região metropolitana do Rio. A nova Central de Tratamento de Resíduos (CTR) é, digamos assim, uma lixeira "high-tech". Ao custo de 400 milhões de reais e concentrado numa extensão de 2 quilômetros quadrados, equivalente à área do Leblon, o novo aterro sanitário tem dispositivos para impedir qualquer tipo de contaminação e é capaz de transformar o detrito em energia. "É a solução para um crime ambiental cometido há três décadas", afirma Carlos Roberto Osório, secretário municipal de Conservação. 
A possibilidade de utilização de uma nova matriz energética é alvissareira. Nos Estados Unidos, o biogás, fluido resultante da decomposição de detritos, é visto como alternativa para diminuir a dependência do petróleo e a emissão de gases causadores do aquecimento global. Com essa tecnologia, uma das maiores empresas americanas do setor, a Waste Management, gera 550 megawatts por ano, luz suficiente para abastecer 440 000 residências. No Rio, a expectativa é que a nova central ajude a reduzir consideravelmente a quantidade de dióxido de carbono lançada no ar. "Vai ser como retirar das ruas 1,4 milhão de carros", acredita Adriana Filipetto, presidente da Ciclus, empresa responsável por operar o complexo. Na cidade que lidera o ranking nacional de lixo produzido por habitante, matéria-prima não vai faltar. 

A USINA VERDE: Conheça em detalhes o funcionamento e a relevância da Cenral de Resíduos de Seropédica - veja infográfico aqui.


Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br

Câmara aprova urgência para PL do Código Florestal

Na noite desta terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou - por 399 votos a 18 e 1 abstenção - o requerimento que pedia regime de urgência para o PL 1876/99, que altera o atual Código Florestal, apresentado pelo deputado Aldo Rebelo, do PCdoB-SP.
Na prática, isso significa que a proposta de Rebelo será incluída na pauta do dia e, portanto, há grandes chances do Plenário votar o PL ainda na noite desta quarta feira, 4 de maio, em sessão extraordinária na Câmara dos Deputados. 
No entanto, de acordo com o presidente da Câmara, Marco Maia, ainda há chances da votação não acontecer, por conta de "instrumentos regimentais que podem atrasar o processo". 
Ontem, após diversas reuniões com representantes do Executivo, Rebelo alterou alguns pontos do texto de alteração do Código Florestal que irá apresentar ao Plenário, incorporando algumas propostas do governo. Mesmo assim, ainda não há consenso entre todos os setores envolvidos na discussão.

domingo, 1 de maio de 2011

Produção de lixo cresce seis vezes mais do que população

Divulgado pela Abrelpe, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, referente a 2010, apontou que a produção de lixo no país cresceu seis vezes mais do que a população. E mais: a quantidade de resíduos com destinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas, em relação a 2009.

Produzido anualmente pela Abrelpe - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil referente ao ano de 2010 não trouxe boas notícias aos brasileiros: o estudo mostrou que, no ano em que foi criada a PNRS - Política Nacional de Resíduos Sólidos, a produção e destinação final do lixo brasileiro sofreu retrocessos. 
Segundo a pesquisa, o volume de RSU - Resíduos Sólidos Urbanos gerado em 2010 pela população é 6,8% superior ao registrado pelo Panorama em 2009. Foram quase 61 milhões de toneladas de lixo produzidos nos últimos doze meses e o aumento populacional no país não é desculpa para esse crescimento: o estudo mostrou que a geração de resíduos aumentou seis vezes mais do que a população em 2010, o que significa que, no último ano, cada brasileiro produziu, sozinho, uma média de 378 kg de lixo. 
E as más notícias não param por aí: o Panorama concluiu, ainda, que a quantidade de RSU comdestinação inadequada aumentou quase dois milhões de toneladas, com relação a 2009: foram 23 milhões de toneladas encaminhadas a lixões e aterros controlados - que, por não possuírem mecanismos adequados de disposição e armazenamento do lixo, contaminam o solo e a água - contra 21,7 milhões, em 2009. 
A região que apresenta o pior índice de destinação inadequada é a centro-oeste, que encaminha mais de 71% do lixo que produz para lixões e aterros controlados. Em seguida aparece: 
- Nordeste, com 66%; 
- Norte, com 65%; 
- Sul, com 30,3% e 
- Sudeste, com 28%3, onde situa-se o Estado com menor percentual de destinação incorreta de lixo: São Paulo, que é, ainda, o que mais produz RSU no Brasil: são mais de 55 mil toneladas por dia. O Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição do ranking, produz cerca de 20 mil toneladas diárias de lixo. 
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO 
Apesar das más notícias, o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2010 também registrou alguns resultados positivos: 
- o volume de lixo coletado pelos serviços públicos de limpeza do país cresceu 7,7%, com relação a 2009, e 
- a quantidade de iniciativas de coleta seletiva também aumentou. 
Atualmente, 57,6% dos municípios brasileiros possuem projetos de coleta seletiva, embora os percentuais regionais ainda sejam bastante desiguais: cerca de 80% das cidades do Sudeste possuem tais iniciativas, contra menos de 30%, no centro-oeste. 

A íntegra do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil de 2010 já está disponível para download no site da Abrelpe.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Repovoamento de caranguejos em manguezal baiano causa equilíbrio ambiental


 reposi��o dos caanguejos visa o equil�rio ambiental
Uma vez adultos, os custáceos se tornarão reprodutores, contribuindo para o equilíbrio ambiental/Foto: Arqueos

Um manguezal em Santo Amaro da Purificação, na Bahia, foi repovoado com 1,5 milhão de caranguejos na quarta-feira, 27 de abril. Com apenas 0,5 centímetro de comprimento, os crustáceos são, nessa fase, chamados "megalopas". Os filhotes foram cultivados na Fazenda Oruabo, da Bahia Pesca, empresa estatal vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) do estado.
A responsável pelo Laboratório de Reprodução de Caranguejo da Bahia Pesca, a tecnóloga em aquicultura Eliane Hollunder, explicou à Agecom que, adultos, os animais se tornarão reprodutores, "mantendo o ciclo e, consequentemente, o equilíbrio ambiental". A especialista esclareceu que, entre as fêmeas capturadas para reprodução em cativeiro, são escolhidas as que toleram melhor o manejo.
O presidente da estatal baiana, Isaac Albagli, acompanhou a soltura dos filhotes de caranguejo. Ele explicou que as comunidades que vivem perto dos manguezais precisam ser informadas sobre a importância da preservação ambiental para que o repovoamento dê certo. “A gente faz palestra e distribui materiais impressos em escolas e outras entidades explicando várias questões, como, por exemplo, o tamanho mínimo permitido para a captura do caranguejo, que é 5 centímetros. Até atingir este tamanho, o crustáceo leva cinco anos”.
O principal objetivo do repovoamento é a defesa do meio ambiente. “Eles crescem, se tornam reprodutores, mantendo o ciclo e consequentemente o equilíbrio ambiental”, destacou Albagli, ao lembrar que em 1997 a Doença Letárgica do Caranguejo (DLC) matou milhões destes crustáceos em vários estados do Brasil. “Porém, quem mais dizima é o ser humano, que captura sem os critérios determinados pelos órgãos ambientais, desmata e polui os manguezais”, observou o gerente da Fazenda Oruabo, Jerônimo Souza Filho.
O primeiro repovoamento promovido pela Bahia Pesca foi em 2007, no manguezal de Acupe. Os resultados já são visíveis atualmente como relata a marisqueira (catadora de caranguejo) Vera Lúcia Bispo, 30 anos. “Cato caranguejo desde criança. Antes existiam muitos, depois desapareceram. Agora, depois do repovoamento, estão voltando”. Ela comentou ainda que os catadores estão se conscientizando com relação à preservação ambiental.

Fonte: EcoDesenvolvimento.org

quarta-feira, 27 de abril de 2011

UE e EUA não acreditam em acordo climático em 2011

Representantes da União Européia e dos Estados Unidos praticamente acabaram com as esperanças de sucesso da próxima Conferência do Clima (COP17) na África do Sul ao afirmar que um tratado internacional é impossível.

Faltando ainda mais de seis meses para a Conferência do Clima de Durban (COP17), na África do Sul, a impressão que se tem é que o encontro está fadado ao fracasso antes mesmo de começar.
Nesta quarta-feira (27), após o Major Economies Forum on Energy and Climate (MEF), reunião de dois dias da qual participaram representantes das 17 maiores economias no mundo, Todd Stern, enviado norte-americano para mudanças climáticas, e Connie Hedegaard, comissária de ação climática da União Européia, declaram que a criação de um acordo climático global com força de lei ainda em 2011 é praticamente impossível.
“Pelo que ouvi nos últimos dois dias, é altamente improvável que um acordo seja estabelecido em Durban. Apesar de todos concordarem que ele é importante para o futuro do planeta, não será possível resolver todas as divergências ainda este ano”, explicou Hedegaard.
Para Todd Stern, o problema está em quem deveria ser obrigado a adotar metas de emissões. “Nossa visão é de que todos os grandes países devem ser incluídos no acordo. Assim, China, Índia, Brasil e África do Sul não podem ficar de fora. O modelo do Protocolo de Quioto não é mais viável”, afirmou Stern.
Segundo Quioto, apenas os países ricos possuem metas obrigatórias e devem comprar créditos para não ultrapassá-las. Essa é uma das razões pelas quais os Estados Unidos nunca assinaram o Protocolo.
Durante o MEF, foram discutidos temas como redução das emissões, incentivos para energias renováveis e ações de mitigação às mudanças climáticas.
Também foram debatidos os acontecimentos das últimas rodadas de negociações climáticas, como a criação do Fundo Verde do Clima, que promete US$ 100 bilhões por ano para os países mais vulneráveis.
O último fato importante relacionado ao Fundo foi o anúncio, no dia 18 de abril, dos 40 membros do comitê que terá a obrigação de detalhar o funcionamento da ferramenta. Entre eles está o brasileiro Sergio Barbosa Serra, embaixador especial para mudanças climáticas.
Durban
Se não for criar o acordo climático global, que utilidade terá a COP 17?
O futuro do Protocolo de Quito deverá assumir o papel de grande debate da Conferência. Muitas nações estão preocupadas com o fim do tratado em 2012, pois isso acabaria com qualquer meta obrigatória sobre os países industrializados. Além disso, todo o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e os mercados de carbono dependem de Quioto e precisam saber o quanto antes o que acontecerá nos próximos anos até para garantir a presença de investidores.
Para Hedegaard, a reunião poderia ainda se focar nas emissões dos setores de transportes, colocando pressão na Organização Marítima Internacional e em outras entidades para que adotem metas.
“Desde 1997 a OMI foge dessa obrigação. Está na hora dos países demonstrarem que estão ficando sem paciência”, disse a comissária.
Outros assuntos também deverão ganhar importância, como ações para frear o desmatamento e a criação de esquemas de transferência de tecnologia e recursos.
Mesmo com a posição da União Européia e dos Estados Unidos, dificilmente as nações mais vulneráveis, como as insulares, deixarão de cobrar a discussão do acordo global.
Esse impasse, se não for trabalhado até novembro, promete paralisar a COP17 já no primeiro dia de negociações.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Código Florestal e o agricultor ecológico

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Hora decisiva. Após uma década de infrutífero debate, finalmente o projeto do novo Código Florestal entrará em votação no Congresso Nacional. Tomara que saia redondo.
Mais proteção ambiental e maior produção rural. Aqui reside o dilema básico que tem polarizado a discussão política. De um lado, apertar o cerco contra os desmatadores e preservar a biodiversidade. De outro, valorizar a agropecuária e permitir avanços no agronegócio. A equação da agricultura sustentável. 
Produção sustentável distingue-se de preservacionismo. Este supõe cessar o crescimento econômico, sufocar a produção e a renda rural. No cenário presente, crescendo a população mundial, com forte demanda de alimentos, a hipótese afigura-se irreal e ingênua. Uma posição elitista. 
Difere, também, a produção sustentável no campo da agricultura extensiva e predatória, que caracterizou nossa história. O avanço tecnológico tem permitido enorme elevação da produtividade, economizando terra. Defender, em nome do combate à fome, o contínuo desmatamento das florestas soa ridículo. Uma posição retrógrada. 
Nem um, nem outro. Os discursos polarizados contêm óbvios exageros, como afirmar que o risco urbano das enchentes se agravará por obra dos agricultores. Ora, o argumento serve para livrar a culpa dos inescrupulosos loteadores que, conluiados com o poder local, afincam precárias moradias nas bibocas íngremes ou nas barrancas dos rios. Quem ocupou e estragou o rio foi a cidade, não o campo.
Nessa matéria do Código Florestal existe um campo fértil de conciliação entre destruir ou preservar. O desenvolvimento sustentável configura o único caminho capaz de unir a ecologia, a economia e a sociedade. Fácil de falar, difícil de fazer. 
Vamos à discussão prática. O relatório do deputado Aldo Rebelo, posto para votação na mesa da Câmara, consolida os retalhos da legislação em vigor e permite regularizar milhões de agricultores brasileiros, tachados de criminosos ambientais. De onde vem essa pecha negativa? 
É fácil entender. A expansão histórica da agropecuária ocupou terrenos - várzeas, escarpas de serra, morros de altitude, beiradas de rios - que, segundo a compreensão ecológica atual, deveriam permanecer preservados. Encontram-se nessa situação, por exemplo, a pomicultura (produção de maças) catarinense, a rizicultura gaúcha e a cafeicultura - mineira, capixaba e paulista - localizada na região Mantiqueira. 
Mais ainda: na agricultura familiar, pastos e lavouras não raro se estendem rente aos córregos, enquanto a legislação exige uma preservação mínima de 30 metros de distância da margem. Ora, se as pequenas propriedades, realmente, retraíssem suas roças e seu gado dessas áreas, ocupadas há dezenas de anos, pouco restaria do sítio para trabalhar. Melhor seria vendê-lo para algum ricaço dele desfrutar seu ócio. 
Invocam, por aqui, com a ocupação dos brejos. Mas a agricultura surgiu no mundo ocupando exatamente as baixadas dos rios. Vide o Nilo, no Egito. Foi o solo das várzeas, enriquecido com sedimentos orgânicos, que permitiu originar a civilização humana. Portanto, é anti-histórico querer atribuir um "passivo" ambiental aos agricultores brasileiros que procederam copiando seus antepassados. Ônus, se houver, recai sobre toda a sociedade. 
Os agricultores nacionais desejam continuar produzindo nessas áreas restritas, aceitando algum tipo de mitigação ou de compensação ambiental. No caso da inexistência da reserva legal, também topam ajudar a consertar o estrago passado. O que não admitem é ser tachados de malvados. Odeiam, com razão, esse discurso depreciativo, preconceituoso, que desmerece o papel fundamental da agropecuária na economia brasileira. 
Por outro lado, nada de anistiar os desmatadores. Basta saber de quem estamos falando. De nossos avós, que abriram as fronteiras e sofreram de malária para impulsionar a Nação, ou dos picaretas que, mesmo conhecendo os requisitos da modernidade, insistem em queimar a floresta e o cerrado?
Estes, os bandidos ambientais, merecem cadeia. Aqueles, os agricultores de bem, querem respeito. 
Existem imperfeições no relatório Aldo Rebelo. A maioria delas pode ser eliminada com emendas de redação, oferecendo maior rigor aos conceitos, precisão nas normas. Para quem trabalha na "solucionática", consertar é possível. Quem gosta da "problemática" prefere vetar. 
Parece-me, porém, existir um defeito grave a ser sanado: no capítulo VI, a partir do artigo 23, o projeto Aldo Rebelo retira dos agricultores a responsabilidade pela regularização ambiental, atribuindo-a ao Estado. Trata-se de um brutal equívoco, cuja consequência será um danoso imbróglio jurídico. 
O poder público, incluindo municípios, pode e deve definir normas e diretrizes para promover a recuperação ambiental das áreas degradadas. Ademais, o governo deve ajudar os agricultores a fazerem sua lição de casa, com apoio técnico e com recursos financeiros. Mas o ônus jurídico da recuperação deve caber ao ente privado, pois afeta a função social da propriedade. 
Ao votarem o novo Código Florestal, suas excelências precisam, acima de tudo, deixar uma segurança às gerações vindouras: qualquer modificação que venha a ser feita jamais poderá facilitar a supressão florestal no País. Ao contrário. A nova lei precisa oferecer garantias de que vai aumentar o rigor na conservação da biodiversidade. O resto se discute, e se acerta. 
Ruralistas movem-se, ambientalistas articulam. Tenha uma certeza: esse assunto do Código Florestal somente se resolve com a derrota dos fundamentalistas, de ambos os lados. A vitória da sensatez criaria a síntese de ambos: o agricultor ecológico. 

*Xico Graziano, agrônomo e consultor, foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo 

Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S. Paulo, na seção Espaço Aberto

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Agricultores que preservarem APPs poderão ter benefícios

O novo Código Florestal poderá conceder benefícios a agricultores que sempre obedeceram à legislação e mantiveram em suas propriedades área de proteção permanente (APP) e reserva legal. O relator da matéria, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disse que vai acolher sugestão feita pelo líder do Partido Verde, Sarney Filho (MA). 
Entre os benefícios estão a dedução no Imposto de Renda dos gastos com a preservação da área, obtenção de crédito agrícola com juros menores e limites maiores do que os que não preservaram, além da contratação favorecida na comercialização da produção agrícola. 
Outra sugestão feita por Sarney Filho e que deverá estar no relatório de Aldo Rebelo é a que trata do tamanho da APP nas propriedades. A ideia é manter os 30 metros de preservação nas encostas de rios, mas, naquelas propriedades onde não haja nenhum tipo de preservação, a distância deve ser de 15 metros. "Não se trata de reduzir de 30 para 15 metros. O que existe é tratamento diferenciado nas áreas de recuperação. Agora, haverá mais reflorestamento nessas áreas", explicou Sarney Filho. 
Esses dois pontos, sugeridos pelo PV, encontram apoio de Aldo Rebelo, que disse esperar que a proposta seja, finalmente, aprovada. "Se eu fosse o governo, acolheria essas sugestões", disse. 
Aldo Rebelo disse ainda que deverá incluir em seu relatório a determinação para que propriedades de agricultura familiar tenham 7,5 metros de APP. Segundo ele, na Região Nordeste, metade das propriedades é de agricultura familiar, com até 5 hectares. Com isso, ficaria inviável para essas família cumprirem a determinação de 15 ou 30 metros. "Não podemos retirar deles a possibilidade de continuar sobrevivendo." 
A votação do Código Florestal foi marcada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para a primeira semana de maio. Sarney Filho disse preferir esperar um pouco mais para que haja mais negociações sobre a matéria. Aldo Rebelo, no entanto, acredita que o prazo seja suficiente para solucionar todos os impasses.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 20 de abril de 2011

PRF apreende 200 kg de lagosta avaliados em R$ 18 mil em Mucuri/BA


Mercadoria foi encontrada em grandes caixas de isopor no bagageiro de um ônibus na BR-101. Foto: PRF/Divulgação
Mercadoria foi encontrada em grandes caixas de isopor no bagageiro de um ônibus na BR-101
Foto: PRF/Divulgação

Agentes da Polícia Rodoviária Federal apreenderam, na noite de terça-feira, 200 kg de lagosta durante abordagem a um ônibus interestadual no km 955 da BR-101, no distrito de Itabatã, em Mucuri, na Bahia. A carga é avaliada em R$ 18 mil.
Ao verificarem o bagageiro do ônibus, os policiais recontraram a  lagosta congelada, sem documentação de origem, em quatro caixas grandes de isopor. O passageiro responsável pela mercadoria, José Ronaldo da Silva Malta, 59 anos, aposentado e residente em Brasília, alegou que não conhecia a origem da lagosta e que havia sido contratado por um homem não identificado em Alcoçaba, também na Bahia, para levar a carga até São Paulo, capital.
A lagosta foi encaminhada ao Ibama local para ser doada, e o aposentado foi levado para a Delegacia de Polícia Judiciária da cidade, onde foi autuado por crime ambiental, já que vigora período em que é proibida a pesca da lagosta.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Magrelas Profissionais

Só em São Paulo já existem cerca de 2 500 bikeboys!

O bikeboy Edson Dória: entregas limpas e 30% mais baratas

Apesar dos progressos obtidos nos últimos anos com a incorporação de novas tecnologias, as motocicletas ainda causam um prejuízo ambiental inversamente proporcional a seu tamanho. Só no estado de São Paulo, elas emitem cerca de 28% mais poluentes por ano que os veículos flex, segundo o último relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Para imaginar o impacto desse serviço no país, basta lembrar que o Brasil tem o maior número de motoboys do mundo: são 600 000 profissionais circulando diariamente. 
Embora com números ainda tímidos se comparados à legião de motociclistas, a bicicleta começa a surgir como alternativa de entrega rápida nas cidades. É a chamada bike courier, modalidade em que motores são substituídos por pedais. A demanda vem crescendo nos últimos três anos. "Só na cidade de São Paulo já existem 2 500 cicloboys", diz Gilberto Almeida dos Santos, presidente do SindimotoSP, que também representa a categoria. Outro fator que impulsionou o serviço foi a escassez de vagas nas ruas das metrópoles. "No centro de São Paulo leva-se cerca de 40 minutos para estacionar a moto", afirma Gilberto. 
Os irmãos Rafael e Danilo Mambretti criaram no ano passado a Carbono Zero Courier para atender clientes preocupados com entregas limpas. "Começamos com três funcionários e já estamos com oito", diz Rafael. A analista de compras Tatiana Egídio aprova o negócio. "Além de sustentáveis, são muito eficientes." O preço também atrai. Segundo o sindicato, o valor chega a ser 30% menor que o do motofrete porque não há gastos com combustível e os percursos são mais curtos. 
A Exodus Express Bike também não sofre de falta de clientes. "Faço mais de 20 entregas por dia e não posso reclamar da remuneração", diz o proprietário e bikeboy Marcos Soarez. "Além de um trabalho, é um momento de lazer e esporte." 
NA MOCHILA 
Confira o que os bikeboys mais transportam, de acordo com o SindimotoSP:
1. Entregas de fast-food, como pizzas, lanches e comida japonesa 
2. Alimentos em geral, como pães e bebidas 
3. Transporte de carnes a pedido de açougues 
4. Documentos

Fonte: Revista Quatro Rodas

Consequências de uma boa educação

Este vídeo é muito interessante, pois mostra a realidade japonesa no cuidado com o lixo. Serve de exemplo para todo o mundo porque prova que com simples hábitos é possível construir um mundo com perspectivas de um futuro melhor!!! Vale muito a pena assistir!!!

Só 15% da água usada no Brasil é tratada, afirma especialista

 

Bairro Estrutural, a 10 km do centro de Brasília, carece de coleta de esgoto/Foto: Valter Campanato/ABr
Da água usada no Brasil, apenas 15% conta com tratamento para a eliminação de impurezas, segundo o pesquisador Carlos Eduardo Morelli Tucci, referência mundial na pesquisa científica sobre recursos hídricos. Engenheiro civil por formação, o especialista é professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Segundo Tucci, que tem entrevistado gestores e especialistas a respeito do tema, a falta de tratamento é o que mais afeta a disponibilidade hídrica, pois o esgoto contamina os próprios mananciais de abastecimento de água. "Esse é um problema de governo. Afinal, água sem tratamento que volta para os rios traduz-se em doenças, principalmente quando ocorrem enchentes", observou o pesquisador em entrevista àAgência Brasil.
De acordo com o especialista, autor de quase 500 artigos científicos publicados, é preciso estabelecer um plano estratégico para o tratamento de esgoto que defina o que vai ser feito. "Vou pegar as cidades menores; vou pegar as cidades maiores; onde eu vou incentivar as empresas para fazer tratamento de esgoto? Elas já cobram pelo esgoto na hora que coletam, então para que vão fazer tratamento?", questionou, ao lembrar que as empresas "cobram tudo que precisam cobrar de esgoto só por coletar, sem tratar".
Tem que haver uma busca de solução integrada: tirar o lixo, tirar o esgoto, amortecer o escoamento e fazer com que a água melhore de qualidade. Junto ainda, tem o tráfego e a urbanização. A gestão urbana é a grande questão brasileira. Oitenta e oito por cento da população brasileira é urbana e está ocupando 0,3% a 0,4% da superfície do país, Carlos Eduardo Morelli Tucci
O pesquisador também criticou a questão institucional relacionada ao problema. "As empresas abastecedoras não são eficientes. Isso tem a ver com o fato de serem monopólios. O preço da água é subsidiado porque o Estado paga para a empresa mesmo que ela esteja funcionando mal. Ou então a empresa pode corrigir o preço da água como ela quiser. Ela não tem metas de eficiência. Este é o ponto fundamental, em que você poderia fazer reduzir perda", acrescentou.
Na concepção de Tucci, existem “n” possibilidades de aumentar a eficiência do sistema, mas de nada adianta melhorar a eficácia nas residências, se a rede está perdendo grande quantidade de água. "O reuso é interessante, mas o reuso tem que ter alguns cuidados básicos, não pode reutilizar toda a água, por que ela é contaminada", ressaltou.
Para o pesquisador, o Brasil possui tecnologia e mão-de-obra qualificada para equacionar o problema, mas fatores como a burocracia e a dificuldade de aplicar o conhecimento teórico na prática são entraves. "Houve um investimento significativo na formação de pessoal no exterior, o que, evidentemente, não quer dizer que tudo isso chegou à parte prática. Esse é um dos grandes desafios da ciência e da tecnologia: fazer com que o conhecimento adquirido se torne não um bem pessoal, mas um conhecimento adquirido para a sociedade. Também vivemos em uma burocracia insana", concluiu.
Em julho, ele receberá o International Hydrology Prize 2011, por sua contribuição à ciência e à prática de hidrologia. O prêmio é outorgado anualmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Organização Meteorológica Mundial (WMO) e a Associação Internacional de Ciências Hidrológicas (IAHS). A premiação será entregue em Melbourne, na Austrália.


Fonte: http://www.ecodesenvolvimento.org.br